Por volta das 10h da manhã desta segunda-feira (06), a régua junto à ponte da Barrinha marcava 7,63m, sendo que o máximo chegou a 8,58m na noite de sexta-feira (03)

Junto com o sol, na manhã desta segunda-feira (06), veio a expectativa dos cerca de 3 mil desalojados de Campo Bom com a possiblidade de começar a limpeza de suas casas e a tentativa, difícil, de voltar à normalidade. A régua junto à ponte da Barrinha, às 9h47, marcava 7,63m, o que representava 95cm de recuo da água, com relação ao nível mais alto que foi de 8,58m às 23h de sexta-feira (03).

A marca da manhã desta segunda-feira era superior ao que foi registrado na maior enchente de 2023, em junho, que foi de 7,60m.  A maior enchente, até então registrada em Campo Bom, havia ocorrido em agosto de 2013, quando a água atingiu 7,86m. Em julho de 2015, o rio chegou a 7,72m.

Nesse cenário catastrófico, Campo Bom contabiliza cerca de 3.000 desalojados. Mais de 300 pessoas foram abrigadas pela Prefeitura, nos ginásios Municipal (187), do CEI (57) e na sede da Acofe (30), além de outros recolhidos em igrejas locais. Campo Bom também acolheu, no Ginásio do Sesi, graças ao empenho da Prefeitura e grande mobilização da comunidade, mais de 100 pessoas de São Leopoldo.

Na quinta-feira (02), o prefeito Luciano Orsi já havia decretado calamidade pública em Campo Bom. Um dia depois, o nível da água, na régua junto à ponte da Barrinha, atingiu a marca histórica de 8,58m, atingindo os bairros Barrinha, Porto Blos, Vila Rica, Operário, 25 de Julho e Mônaco. Equipes da Prefeitura e da Defesa Civil trabalham ininterruptamente desde quarta-feira (01), quando as primeiras residências foram atingidas.

A Prefeitura, junto com os clubes de serviço locais, divulgou um pix oficial para doações, que servirão para ajudar quem perdeu tudo por causa da enchente. A chave pix é: campobomsolidario@gmail.com. Em caso de emergência, entre em contato com a Defesa Civil ou Secretaria Municipal de Obras: (51) 99631-4625 e (51) 99803-3629.

Foto: Emerson Santos/PMCB